Monday, October 23, 2006

ÉBRIOS POR OPÇÃO

Bagaça é a seguinte: sábado que vem, no Pandora (na frente do Wonka), Tonighters pra galera - isso, aquela banda dos meus brothers que eu deixei o link há alguns dias atrás. O esquema é esse: vc leva uma garrafa de qualquer coisa que seja, mais três conto e tem bebida liberada o resto da noite. Álcool e rock´n roll! Bom, é isso. Estaremos curtindo um som do caralho e fazendo novas amizades, até que a cachaça - que como eu já disse, rola "degra" - nos permita lembrar dos nossos próprios nomes.
Aos poucos que visitam esse blog: apareçam, vai ser legal!
Ah, tem o link aqui: http://www.videolog.tv/vitrolavelha
Yeah!

Monday, October 16, 2006

Um pensamento exótico transpassou minha mente essa tarde: como ficou a astrologia depois que aquele bando de astrônomos se reuniu, tirou Plutão da jogada e fodeu a hierarquia do Sistema Solar? Sabe, todo aquele negócio de "leão, com ascendente em peixes e lua em plutão"...
Bom, juro que não sei como penso nessas coisas. Só sei que minha mente tem uma facilidade muito grande pra pensar em coisas sem importância. Os meandros bizzarros de meu cérebro me levaram ao pensamento inútil de hoje, por exemplo, depois que um colega de trampo me falou algo a respeito da bomba nuclear norte-coreana ser feita de plutônio. Vai entender.
De qualquer forma, continuo curioso. Se alguém puder elucidar a questão...

Friday, October 06, 2006

Sexta à noite, em casa, sem programação... brrrrrrrrr
...
Esboço de um textículo escrito para um possível zine que quem sabe nunca se torne realidade - e fique condenado pelo resto de seus dias a ficar trancafiado dentro de duas cabeças ocas. Enfim. Duas da madruga e não, eu não tenho nada mais interessante pra fazer.

Ah, insensatez

Sabe, eu sou um otimista. Um dia as coisas vão melhorar – alguma aliança mundial proibirá a França de se classificar pra Copa do Mundo, o Corinthians vai ganhar a Libertadores, Bush cairá e Mônica Levinski se tornará secretária geral da ONU; os filmes pornô não terão mais diálogos, cerveja de garrafa custará só um real, postos de saúde distribuirão cigarros gratuitamente, o PFL não vai conseguir vencer a cláusula de barreira, Teoria do Conhecimento será banida da grade curricular de todo universitário, Shakespeare vai ser finalmente esquecido, a concessão da MTV será caçada pela Associação Universal pelo Respeito à Música Pop, Faustão só passará das seis às sete da manhã e o Rock´n Rio será finalmente um festival de rock (assim como surgirá alguma rádio verdadeiramente especializada no sex and drugs).
Ufa! Bom, acho que isso não é pedir demais. Se tudo for viável, já serei um cara feliz. Mas, se não for abusar, gostaria de pedir à Deus que o Capitão Presença fosse eleito presidente em 2010 (com o Super Lisérgico no Ministério da Cultura), que Bukowski e Raul Seixas fossem clonados (esses cientistas precisam fazer algo além de discutir se o colesterol é bom ou mau), que a PM fosse substituída pelos Hell´s Angels e que a morte do Jabor fosse providenciada para o mais breve possível.
Ah, claro: acabe também com as guerras, com a corrupção e com os programas humorísticos (?) de sábado à noite.
Amém.

Tuesday, October 03, 2006

SUPERANDO OS TRAUMAS...

Sempre gostei de música. E até cogitei a possibilidade de ser músico uma época. Mas a minha falta de jeito pra coisa é facilmente constatável - isso é uma das grandes frustrações da minha vida.
Já que eu preciso aprender a lidar com as minhas limitações - e isso inclui o fato de não poder montar uma banda, ficar rico, famoso, pegar um monte de groupies, fazer turnês mudiais megalomaníacas e ter culhões para exigir as tais 100 toalhas brancas em todo bendito camarim -, vou exercitar meu altruísmo e ajudar as pessoas de talento a se darem bem em cima da tal indústria cultural. Elas já não são mais concorrência mesmo.
Entra lá (http://www.purevolume.com/tonighters) e curte o som dos caras. Rockão curitibano e - o que é mais importante, claro, se não eles nem estariam nesse apêndice virtual - feito por meus brothers.

Monday, October 02, 2006

Continuando a sessão "textos que saíram em zine" (esse último tá também num outro blog que eu tenho com uma amiga, ou melhor, tentei ter, porque ele empacou em três posts e ficou por isso mesmo - mas, por descarrego de consciência, lá vai: www.checkup06.blogspot.com).

RAMONERA ENDIABRADA DA PORRA!

Todo mundo tem uma banda que mudou sua vida – ou pelo menos deveria ter, porque todo mundo deveria entender um pouco de cultura pop. A minha eu conheci a uns seis ou sete anos, apresentada por um amigo meio delinqüente que me entregou uma fita cassete toda chiada com uma salada que ia de Raul Seixas a Pink Floyd. Grudado no cassete tinha uma fita crepe branca que trazia escrito em vermelho: RAMONES.
Não dei muito crédito pra tal fita. Afinal, que diabos os caras queriam dizer com Ramones. Isso nem tinha tradução. Pô, eles só podiam ser alguma bandinha universitária que inspirou o nome em alguma frase daqueles artistazinhos viajandões metidos a abstratos.
Por uma dessas variações de humor que nem Deus nem o Diabo explicam, quis o destino que certo dia eu decidisse colocar a fita pra tocar. Ela abria com cinco músicas daqueles quatro porra-loucas de Nova York, entre elas o “hit” (?), hino de 11 entre 10 punks de meia dúzia de músicas, Blitzkrieg Bop. Mas a que me chapou o coco de verdade foi a chapada (perdoem a redundância, foi inevitável...) Now I Wanna Sniff Some Glue. A partir daí, eu também passaria a medir o tempo em one, two, tree, four.
Porque os Ramones tem de sobra - coisa que nem ladrão termina – algo que já é difícil encontrar na medida certa em alguma banda. Eles tem energia. Energia e força de vontade. Porque a história dos Ramones é a história de dois marginais, um garoto feio com complexo de inferioridade e um “Zé ninguém” que, mesmo mal sabendo segurar os instrumentos, resolveram pôr um fim na viadagem que o rock tinha virado àquela altura do campeonato. Acabaram revolucionando a música pop e, de quebra, plantando a semente do punk que estouraria na Inglaterra largando estilhaços pra tudo quanto era lado.
E daí que muita gente acha a música deles mal feita? E daí que eles falam em cheirar cola, em ser sedado, em garotos de programa e em cemitérios malditos? O fato é: mesmo que você goste do Simple Plan e nunca tenha ouvido falar dos Ramones, você deve aqueles a estes – não, não culpem Joey e cia., eles não tinham como prever. E num tempo em que o rock era feito só de megastars com jatinhos particulares e shows megalomaníacos, os caras mostraram para um monte de moleques que eles não precisavam saber um monte de técnicas, solos ou viradas de bateria. Era só ir lá e tocar. Mais simples do que parece. E foi assim que surgiram Clash, Pistols, Damned entre um porrada de outras bandas que influenciaram de Joy Divison à Pear Jam e U2.
Foi com os Ramones que eu percebi que, porra, as coisas não eram tão difíceis quanto pareciam. Foi através de Joey, Johnny, Dee Dee e Marky – a formação clássica -, que eu entrei em contato com uma porrada de outros tipos de som, foi com eles que eu conheci a literatura dos anos 50 e foi em grande parte por causa deles que eu me interessei por cultura pop e decidi ser jornalista – mesmo que isso signifique ser um fodido também.E eu posso estar na fase que estiver, glam, dark, anos 50, ou seja lá o que for, os Ramones estão sempre misturados na minha playlist. É por isso que agora, enquanto Poison Heart rola, eu presto meu tributo aos quatro porras-louca de Nova York que mudaram minha vida.

(escrito por ocasião do show do Marky em Curitiba)

QUILINDROX, JÁ!

Eu até poderia escrever sobre política hoje, mas toda a aporrinhação dos partidários do Alckmin, do tipo de-virada-é-mais-gostoso tira a voia de qualquer um para o assunto – que já não é nenhum tesão de assunto, convenhamos. Só uma ressalva: o Alckmin é primeiro candidato-fantasma da história eleitoral da Via Láctea, como talvez diria Douglas Adams. Ninguém sabe direito de onde veio, fez todo aquele alvoroço quando se candidatou, sumiu, apareceu faz três dias e agora vai ficar enchendo o saco mais um mês – e o pacote completo vem com mais uma Lei Seca. Brrrrrrrr
...
Assuntos sem importância à parte, vamos às ganas:

Eu sou contra filmes baseados em livros. Não que eu não assista. Eu vejo e de alguns eu até gosto. Por exemplo, eu adorei a versão cinematográfica de Clube da Luta. Mas isso, provavelmente, porque eu não li o livro. Tenho uma teoria: as adaptações de livros para o cinema só foram criadas para que o as pessoas dêem mais valor aos escritores e para que os diretores tenham a oportunidade de provar o quanto podem foder com tudo, quando querem. Eu sou um cara facilmente frustrável e essas adaptações realmente me chateiam.
A primeira vez que eu fiquei fodido da cara em relação a isso foi com O Silêncio dos Inocentes. Eu tinha lido o livro antes e, cara, como eu fiquei puto com o filme. Fiquei com um grilo tão grande que não raramente compro discussões batendo o pé e dizendo que O Silêncio não é o melhor da trilogia do Hannibal. Talvez até seja, mas eu fiquei traumatizado e por isso decidi gostar mais do Dragão Vermelho.
Mais recentemente, Tom Cruise começou a construir uma má relação comigo em sua carreira como diretor. Da primeira vez que eu vi Pergunte ao Pó não dei muita pelota para a falta de fidelidade ao livro do Fante. Era uma coisa meio que esperada. Mas agora eu vi de novo e estou aterrorizado com o modo como o Cruise conseguiu foder uma história perfeita. Fante acertou com bisturi, mas daí um diretor-galã foi lá e resolveu usar um facão. Matou a história.Então, hoje, estou fazendo um anticampanha. Não vejam Pergunte ao Pó. Ou então vejam, mas não gostem. Ou se gostarem, não me contem. Posso comprar uma briga quando alguém vem me ofendendo com o seu péssimo gosto pras coisas.
...
(a diferença de linguagem nas duas partes é porque a última tem uma semana mais ou menos. um testículo que eu escrevi pro zine dum amigo. sorry!)